Marketing jurídico para advogados: 3 estratégias dentro das regras da OAB
- Redação
- 17 de out. de 2024
- 6 min de leitura
No ambiente cada vez mais competitivo da advocacia, atrair e fidelizar clientes é um dos principais desafios enfrentados pelos advogados.
Contudo, o marketing jurídico para advogados no Brasil é regido por normas específicas, estabelecidas pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que proíbem diversas práticas tradicionais de publicidade. Por isso, saber como promover seu escritório de advocacia dentro das regras da OAB é crucial para alcançar novos clientes de forma ética e eficaz.
Neste artigo, você vai ler sobre:
O que a OAB proíbe
Como usar as redes sociais a seu favor
Como trabalhar o SEO para seu escritório
A importância da produção de conteúdo relevante
Boa leitura!
O que diz a OAB sobre o marketing jurídico?
Antes de falarmos das estratégias em si, é essencial entender o que a OAB permite e proíbe no que diz respeito à publicidade e marketing jurídico.
O Código de Ética e Disciplina da OAB estabelece algumas diretrizes claras sobre como os advogados podem se promover:
É proibida a mercantilização da profissão. Isso significa que não é permitido promover serviços de advocacia de forma comercial agressiva, como publicidade comparativa ou ofertas de "descontos".
O advogado não pode prometer resultados ou dar garantias de êxito, pois isso fere a ética da advocacia.
Anúncios de advocacia em rádio, TV e outdoors são proibidos, assim como a captação de clientes por meios de publicidade sensacionalista.
É permitido o uso de redes sociais, blogs e sites, desde que a abordagem seja informativa e não mercantilista.
O conteúdo deve ser educativo e ter o objetivo de informar o público sobre questões jurídicas, sem apelos sensacionalistas ou comerciais.
Agora que sabemos o que é permitido, vamos explorar algumas coisas que você pode fazer a seguir.
3 estratégias legais para fazer marketing jurídico
1. O poder das redes sociais
As redes sociais oferecem uma excelente oportunidade para advogados se conectarem com potenciais clientes, desde que sejam utilizadas corretamente. A chave está em gerar conteúdo de valor, que eduque o público e demonstre a expertise do advogado em sua área de atuação.
Como usar as redes sociais de forma ética e eficaz
O LinkedIn é uma das redes sociais mais adequadas para advogados, pois permite a troca de conhecimento entre profissionais e o compartilhamento de artigos e insights sobre questões jurídicas.
Uma boa prática é compartilhar artigos de blogs, decisões judiciais relevantes e participar de discussões em grupos sobre temas do direito.
Instagram
Embora visualmente mais descontraído, o Instagram também pode ser usado para o marketing jurídico, focando em postagens que eduquem o público sobre direitos, decisões importantes e dicas jurídicas.
Use stories e posts no feed para explicar termos jurídicos ou mudanças legislativas, sempre mantendo um tom profissional.
No Facebook, além de compartilhar conteúdo relevante, você pode criar uma página profissional do escritório, onde é possível interagir com seguidores, responder perguntas e compartilhar notícias do setor jurídico.
Além disso, grupos de discussão sobre temas jurídicos também são um bom lugar para interagir de maneira ética com potenciais clientes.
YouTube
Vídeos são uma forma eficaz de alcançar um público mais amplo. No entanto, é importante que o conteúdo seja informativo, como vídeos explicando legislações, dicas sobre direito do consumidor ou análises de decisões judiciais. Nunca faça apelos diretos para contratação de serviços.
O que evitar nas redes sociais
Prometer resultados ou enfatizar a capacidade de “ganhar casos”.
Publicar imagens sensacionalistas ou que induzam o público a pensar que o advogado pode resolver problemas complexos de forma simples.
Oferecer serviços com abordagem comercial ou promocional.
Ao seguir essas diretrizes, o advogado pode aproveitar as redes sociais para construir uma marca pessoal forte e respeitável, sempre com foco em educar e informar o público.
2. SEO para escritórios de advocacia
Uma das formas mais eficazes de atrair clientes no ambiente digital é aparecer entre os primeiros resultados de pesquisa no Google.
Para isso, advogados podem usar o SEO (Search Engine Optimization), ou otimização para motores de busca. Essa técnica melhora a visibilidade de um site ou blog nas buscas orgânicas, ou seja, sem a necessidade de pagar por anúncios.
Estratégias de SEO para advogados
Palavras-chave
Identifique as palavras-chave que seus potenciais clientes estão buscando. Por exemplo, se você atua na área trabalhista, foque em termos como "direitos trabalhistas", "ação trabalhista contra empresa", ou "revisão de FGTS".
Use essas palavras-chave estrategicamente em seu conteúdo e no site!
Blog jurídico
A criação de um blog é uma das formas mais eficientes de aplicar SEO e gerar tráfego para seu site. Escreva artigos sobre questões legais comuns, mudanças na legislação e decisões judiciais importantes.
Ao responder perguntas frequentes que seus clientes possam ter, você aumenta as chances de seu site ser encontrado por aqueles que buscam por essas respostas no Google.
SEO local
Muitos clientes procuram advogados próximos a eles. Por isso, inclua no seu site informações claras sobre a localização do seu escritório. Use palavras-chave que indiquem sua cidade ou região, como "advogado cível em São Paulo" ou "advocacia trabalhista em Curitiba". Isso, claro, aumentará suas chances de aparecer nas buscas locais.
Otimização técnica
Certifique-se de que seu site é rápido, responsivo (adaptado para celulares) e fácil de navegar. O Google valoriza a experiência do usuário, então sites lentos ou difíceis de usar acabam sendo penalizados nos rankings de busca.
A importância do Google Meu Negócio
O Google Meu Negócio é uma ferramenta gratuita que permite que escritórios de advocacia apareçam nos resultados de busca com informações relevantes, como endereço, telefone, horário de funcionamento e avaliações de clientes.
Cadastre seu escritório e mantenha as informações sempre atualizadas. Isso ajuda não só na visibilidade, mas também na credibilidade do seu escritório.
3. Produção de conteúdo relevante
A produção de conteúdo relevante é uma das estratégias mais eficazes de marketing jurídico para advogados que desejam atrair clientes.
Não é demais enfatizar: o foco aqui deve estar em educar o público sobre questões jurídicas que eles possam enfrentar, mostrando seu conhecimento e expertise na área.
Isso pode ser feito por meio de blogs, e-books, vídeos, webinars e outros formatos educativos.
Como produzir conteúdo relevante
Identifique as dores do seu público-alvo
O que seus clientes potenciais estão buscando? Quais são suas dúvidas mais comuns? Use essas perguntas para guiar sua criação de conteúdo. Por exemplo, se você atua na área de direito de família, produza conteúdo sobre guarda compartilhada, pensão alimentícia ou divórcio consensual.
Use linguagem acessível
Seu conteúdo precisa ser compreensível para leigos. Evite jargões jurídicos complexos e foque em explicar conceitos de forma clara e direta. Quanto mais fácil for para o público entender, maior será o engajamento.
Mantenha a frequência
A consistência é fundamental. Mantenha seu blog ou redes sociais atualizados regularmente com novos conteúdos. Isso não só melhora sua visibilidade, mas também ajuda a estabelecer sua autoridade no tema.
Ofereça guias gratuitos
Outra boa prática é oferecer e-books gratuitos ou guias práticos em troca de informações de contato. Isso ajuda a construir uma lista de leads qualificados que, no futuro, podem se converter em clientes.
Foque na resolução de problemas
Seus artigos ou vídeos devem responder diretamente às perguntas que seu público tem. Seja específico e ofereça soluções práticas para as questões legais que seus clientes enfrentam. Por exemplo, "Como entrar com uma ação trabalhista" ou "Quais são os direitos do consumidor em compras online?"
Leia também sobre a fidelização de clientes neste outro artigo!
Seguindo essas diretrizes, você poderá atrair mais clientes para o seu escritório, construindo uma reputação sólida e confiável no mercado jurídico.
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